segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Conto

Após participarem de uma rodada de leitura e interpretação dos contos de Álvares de Azevedo - Uma Noite na Taverna - da Segunda Fase do Modernismo Brasileiro, os alunos foram convidados a produzirem seus próprios contos, voltados para as características dessa Geração. O conto abaixo é o resultado dessa manhã maravilhosa na qual todos os alunos participaram.


Uma noite no Bordel


Me chamo Bob Edward, tenho 45 anos, e trabalho como sapateiro numa loja, no centro da cidade de São Paulo. Sou casado e tenho uma filha chamada Renata, não me considero um bom pai, pelo contrário, quando minha filha tinha 11 anos de idade, a expulsei de casa pelo fato de ela ser muito rebelde, não falo mais com ela e não a vejo há 5 anos. Dizem que ela está bem, e que está com a avó. Por esse simples acontecimento, minha esposa está muito mal humorada comigo, ela está completamente errada, eu sou pai, sei o que é melhor pra minha filha.
Uma noite fui extravasar as mágoas com uns amigos, fomos beber e jogar. Bebemos tanto, e acho que dei até sorte, pois ganhamos muito dinheiro no bingo, que para comemorar o feito, meus amigos me levaram à uma casa noturna. No começo, não quis, pois nunca tinha traído minha esposa, mas como os rapazes faziam parecer tão normal acabei aceitando, e afinal quem estava errada era minha esposa, e todo homem tem suas necessidades.
Para mostrar que eu era valente, pedi a garota mais cara, disseram que a rameira só entraria no quarto se eu estivesse de olhos vendados e ela também, eu aceitei. Entrei no quarto, coloquei o lenço nos olhos, senti o bater da porta, ela tinha entrado e disse que também estava com o lenço no olho, então ela conseguiu me achar e eu comecei a apalpá-la, depois perdi o controle e tirei o lenço dos meus olhos, e percebi que tinha acabado de apalpar minha própria filha.
Larissa Pereira, Daniella Regina - 2°A

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Artigo de opinião

                    ARTIGO DE OPINIÃO

Atualmente fica difícil para o jovem identificar o sentimento do outro como verdadeiro, ou não, por isso, para não decepcionar-se diante das rejeições, criaram o termo “ficar”, diante dessa realidade, os alunos do 3º ano A produziram textos, no qual expuseram seus pontos de vista diante de tal situação; portanto você conhecerá agora o que pensam alguns jovens a partir do texto produzido por Amanda Gabrielly.

            “Nos dias atuais, nem todos os jovens querem compromisso com outro jovem. Uns dizem ser pela liberdade de só “ficar”, outros não querem ficar sem compromisso, porque acham errado, ou a religião não permite, entre outros motivos. Nota-se na maioria deles que os mesmos fogem mesmo é da desilusão.
            Talvez por experiências própria, ou observações das experiências alheias, os jovens tenham medo de se apegar a uma pessoa, não entregar-se ao outro e acabar sofrendo. Houve a época em que sofrer por amor era bonito, embora hoje em dia tenha, ainda, um pouco disso, a maioria não quer o sofrimento, e a maneira mais fácil de evitá-lo é não se envolvendo sentimentalmente.
            Na verdade, todos estão à procura de alguém que lhe passe a sensação de que são completados pelos companheiros, embora todos já sejam completos, plenos. Eles buscam a felicidade naquela pessoa, depositam expectativas e se não as alcança, logo desistem e resolvem apenas “ficar”, para não passar por tudo de novo."
Amanda Gabrielly P. da Mota